quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Comentário do Livro: As cinco leis da Biblioteconomia - uma obra que marcou a Biblioteconomia moderna

Escrito em 1931 pelo matemático e bibliotecário indiano Shiyali Ramamrita Ranganathan (1892 – 1972) o livro “As cinco leis da Biblioteconomia” teve uma repercussão sem precedentes na área. O que motivou a escrita da obra foi a insatisfação de Ranganatham com a infinidade de regras e princípios norteadores da profissão que eram muito variados entre os manuais técnicos dos cursos profissionalizantes voltados para o trabalho nas bibliotecas, levando-o a refletir na possibilidade de reduzir esses agregados empíricos de informação e práticas em um punhado de princípios fundamentais, ou como dizia “pontos cardeais”. Uma extensa pesquisa foi realizada em dezenas de bibliotecas em vários países afim de investigar a variedade de métodos, procedimentos e dificuldades enfrentadas pelos bibliotecários afim de reunir informações de extrema utilidade a todos que assumam o trabalho de organizar uma biblioteca e lidar o público leitor.
A princípio Ranganathan passou a tratar a biblioteconomia como sendo uma ciência social ao invés de tratar como apenas uma técnica, essa atitude gerou uma maior aproximação do fazer bibliotecário com o público e a  comunidade que atende. Com estes preceitos a formulação de princípios norteadores para a profissão teria como característica mais evidente a preocupação em promover a satisfação do usuário ao invés de manter o acervo preservado evitando até o uso corrente por parte do público.
O momento em que o livro “As cinco leis da Biblioteconomia” foi lançado era um período de transição entre o modo antiquado de tratar a informação com algo que devia ser preservado intocavelmente, guardado e protegido como era feito nos mosteiros medievais para dar espaço a um modelo de tratamento dos conteúdos onde a finalidade da instituição gerenciadora dos suportes é promover a união entre os clientes e a informação.
Na obra há uma variedade de temas subjacentes a rotina do bibliotecário, tais como: localização da biblioteca, horário de funcionamento, mobiliário, serviços complementares a serem prestados, divulgação, modo de tratamento dos diferentes tipos de usuários, serviço de referência, seleção de livros, métodos de empréstimo, catalogação entre outros. Fazendo com que o leitor que já tem alguma experiência no ramo ou está iniciando tenha uma identificação com o conteúdo da obra a cada página lida.
       A maior contribuição do livro para as discussões a respeito da atual configuração da Biblioteconomia pode estar em sintetizar com eficácia inúmeras normas e preceitos contidos nos manuais dos cursos de formação em cinco princípios objetivos e facilmente assimiláveis, e a reflexão sobre eles leva a uma práxis profissional mais condizente com os objetivos da sociedade e o progresso das unidades de informação.

Postado por: Edmar Soares

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Esse nosso “admirável mundo novo” – Primeira biblioteca sem livros será inaugurada nos EUA




A primeira biblioteca pública sem nenhum livro será inaugurada no Texas, nos Estados Unidos. O plano é transformar o edifício em um espaço elegante e moderno, que terá cem e-readers disponíveis para circulação, além de 50 e-readers para crianças, 50 estações de computadores, 25 laptops e 25 tablets. As informações são do jornal The Daily Mail.
Nelson Wolff, o criador da livraria, afirmou que se inspirou para criar o local enquanto lia a biografia de Steve Jobs.
— Se você quer ter uma ideia de como será, vá a uma loja da Apple.
A ideia é que a biblioteca faça parceria com fornecedores ou distribuidores para que as pessoas tenham acesso a mais de 10.000 títulos. A esperança é a de adicionar novos títulos anualmente. Ainda não há informações sobre quem vai fornecer os computadores e e-readers. 
Pelo menos mais de R$ 500 mil (250 mil dólares) serão necessários para obter acesso aos primeiros 10.000 títulos de livros, Wolff disse. 
— Você será capaz de verificar um livro e o ler no local. Será um ambiente de aprendizagem - você vai ser capaz de aprender sobre a tecnologia em si, bem como ter acesso a uma enorme quantidade de informações. 
Wolff ainda acrescentou que haverá uma área para crianças com tabelas interativas e paredes interativas. Wolff também disse que a biblioteca está explorando a adição de outros meios de comunicação, como filmes e música. 
— Nós todos sabemos que o mundo está mudando. Eu sou um leitor ávido livro. Eu li livros de capa dura, eu tenho uma coleção de 1.000 primeiras edições. Livros são importantes para mim. Mas o mundo está mudando e esta é a melhor forma, mais eficaz para levar os serviços para a nossa comunidade.




Postada por: Edmar Soares

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Conheça Edson Nery da Fonseca, considerado por muitos o mais renomado autor da Biblioteconomia nacional.



Edson Nery é visto por alguns como papa da biblioteconomia no Brasil, entre outros motivos por ter ajudado a montar dois cursos universitários da especialidade – no Recife e em Brasília –, por ser autor de livros essenciais na formação acadêmica dos bibliotecários, por ser um defensor da modernização das bibliotecas e por nunca ter poupado bibliotecas e colegas de profissão de comentários amargos.
Edson Nery cresceu no Recife, na rua do Progresso, filho de um representante comercial e de uma dona de casa, pais de sete filhos – Ida, Edson, Amelinha, Jorge, José, Lúcia e Paulo. Apenas as duas irmãs mais novas estão vivas. Com 90 anos completados em 6 de dezembro, Nery não consegue mais sustentar seu corpanzil de 1,89 metro sem apoio. São dois enfermeiros que se revezam de segunda a sexta-feira, um terceiro que o ajuda no fim de semana e uma cozinheira trabalhando na casa dele. 
Quando jovem foi convocado a servir no 14º Regimento de Infantaria em 1943, quando o Brasil começava a organizar a Força Expedicionária Brasileira que iria ao combate na Segunda Guerra. Quando deixou o Exército, havia desistido do monastério e foi para o Rio de Janeiro estudar na Biblioteca Nacional, no primeiro curso superior de biblioteconomia no Brasil. 
Ele começou a alinhavar sua história com a da biblioteconomia moderna no Brasil em 1948, quando voltou a Pernambuco e reformou a biblioteca da Faculdade de Direito da Universidade do Recife. Sua primeira atitude ao chegar foi pedir ao diretor que mandasse embora todos os funcionários que não tinham dado certo em outros setores e estavam encostados ali. “Pedi para realocarem um lá que passava o dia tomando sol no jardim. Depois ele voltou um dia e me disse, armado e bêbado: ‘Vim aqui para tirar sua vida.’ Fiquei apavorado, mas consegui fugir. Fui ao diretor da faculdade dizer: ‘Olha, vocês demitiram o homem e agora estou sendo ameaçado de morte.’ O diretor me disse: ‘Ah, Edson, me desculpe, ele realmente tinha cara de assassino’”, diverte-se.
Ao deixar a universidade, Nery peregrinou por vários empregos. Inspecionou as bibliotecas públicas de Alagoas pelo Instituto Nacional do Livro, foi aos Estados Unidos trabalhar na biblioteca da União Pan-Americana, passou pela biblioteca pública de João Pessoa, mas voltou ao Rio de Janeiro quando percebeu que não conseguiria mudar “o ar bolorento dos livros e do diretor”. Achou um rumo quando, em 1956, passou em segundo lugar no concurso público para a Biblioteca da Câmara dos Deputados, ainda na antiga capital federal.
Como tinha servido ao Exército durante a Segunda Guerra e trabalhado em Brasília nos primeiros anos da cidade, antigos cálculos da Previdência permitiram a Nery se aposentar em 1964, aos 43 anos. Passou a trabalhar o dia todo na Universidade de Brasília, a UnB, onde já dava meio expediente havia dois anos. Hoje recebe aposentadoria de 25 mil reais da Câmara.
Alvos de crítica de Nery são os bibliotecários que impedem a modernização de bibliotecas achando que a informatização acabará com o valor do livro. Ele cita o poeta francês Stéphane Mallarmé – “Tudo o que no mundo existe começa e acaba em livro” – para dizer que, por consequência, tudo começa e termina em biblioteca. Também tem um posicionamento muito polêmico com relação aos políticos, poucos o agradam, certa vez falou sobre o Lula “Dizem que o Lula uma vez sofreu um atentado. Sabe como? Jogaram um livro no carro dele.” (HÁ!Ha!Haaaa!), também noutra ocasião afirmou que pode ser que a presidente Dilma Rousseff use a biblioteca: “Se bem que não sei, porque ela é mais técnica do que culta.”. Este espírito provocador e a qualidade literária inquestionável de sua escrita fazem de Edson Nery não apenas um bom autor no campo da biblioteconomia mas sim uma verdadeira sumidade.

(Texto editado do artigo: O memorialista – amizade e os livros de Edson Nery da Fonseca. – de Carol Pires. Disponível em: http://revistapiaui.estadao.com.br/edicao-72/figuras-das-letras/o-memorialista)

Postado por: Edmar Soares

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Mais uma tentativa de explicar para que serve a Biblioteconomia


Sabemos que todos os blogs e sites relacionados falam sobre o que é a Biblioteconomia e qual a sua função, nós não poderíamos ficar de fora desta discussão, então aqui vai mais uma explicação sobre a função do bibliotecário conforme o conselho Federal de Biblioteconomia:
"O bibliotecário é o profissional qualificado para interagir com processos de registro e transferência da informação (da geração ao uso), interpretando criticamente a realidade social, com uma visão contributiva e consciente de seu papel social e de sua atuação no avanço científico e tecnológico de seu Estado e da região, sem desconsiderara as dimensão humanas e éticas do conhecimento, da tecnologia e das relações sociais".
Algumas de suas funções são:
        
  • Consolidação da informação para planejamento estratégico das organizações:
  • Levantamento de informações que viabilizem novos negócios, contribuam para a inovação e possibilitem à organização obter vantagem competitiva.
  • Colaboração para consolidar pesquisas de mercado em empresas e agências de publicidade.
  • Gestão de bibliotecas, centros de documentação e informação, unidades de informação, serviços de informação, bancos, bases de dados, redes e sistemas de informação.
  • Fomento e apoio a programas de incentivo à leitura e ação cultural.
  • Busca e disponibilização da informação em qualquer suporte.
  • Disseminação da informação com o objetivo de facilitar o acesso e a geração de conhecimento.
  • Serviços de consultoria e assessoria.
  • Desenvolvimento de estudos, pesquisas e projetos.
  • Desenvolvimento da ações educativas.
Através desta lista podemos perceber que muito mais do que ficar guardando livros e pedindo para que as pessoas façam silêncio na biblioteca e o bibliotecário é um profissional que lida com o fluxo de informações e várias atividades intelectuais envolvendo o gerenciamento de elementos registrados.

Postado por: Edmar Soares

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

"A biblioteca deve estar com os acervos atualizados, pois só assim o bibliotecário será capaz de cativar e estimular nos alunos o interesse em utilizar o material disponível (...)".
(SOUSA; CAVALCANTE; BERNARDINO, 2009, p. 3). (João Maria Ferreira Filho 24/01/2013)

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Concursos oferecem oportunidades para Bibliotecários atuarem no serviço público.

09/01/2013] TELEBRAS - Telecomunicações Brasileiras S.A
Inscrições: entre 10 horas do dia 11 de janeiro de 2013 e 23 horas e 59 minutos do dia 31 de janeiro de 2013
Remuneração: R$ 5.825,11 (Cargo 2)
Vagas: 08 (Belém/PA 01; Brasília/DF 04; Fortaleza/CE 01 ; Porto Alegre/RS 01; Rio de Janeiro/RJ CR ; São Paulo/SP 01)
Taxa: R$ 90,00
Data prevista para a prova:17/03/2013
Site: http://www.cespe.unb.br/concursos/telebras_13/


CARGO 2: ESPECIALISTA EM GESTÃO DE TELECOMUNICAÇÕES

REQUISITO: diploma, devidamente registrado, de conclusão de curso de graduação de nível superior em Administração, Arquivologia, Biblioteconomia, Comunicação Social, Contabilidade, Economia, Engenharia, Estatística, Gestão de Recursos Humanos, Maketing, Pedagogia ou Psicologia, fornecido por instituição de ensino superior reconhecida pelo MEC, e registro no respectivo conselho de classe, se for o caso.